quarta-feira, 7 de novembro de 2007

universo arquitetural da música


A música sempre atraiu a atenção de todos. Cada estilo de música têm sua história, seu tempo, seus admiradores. O Blues, por exemplo surgiu retratando a melancolia, a tristeza e a falta de sorte dos negros escravos da cidade de Delta, Mississipi, EUA. Foi lá que o ritmo se consolidou, como uma forma de expressão musical dos escravos que trabalhavam nas plantações de algodão, e tinham como única diversão, a música, que entoava a dor e o lamento da dura vida que levavam.
O Rock and Roll, um dos estilos musicais mais populares, surgiu também no Sul dos EUA na década de 50, e se espalhou muito rapidamente pelo resto do mundo. É uma criteriosa mistura de três gêneros musicais bem distintos da música americana: blues, jazz e country.

Atualmente a lista de estilos musicais vem crescendo muito rapidamente. Algumas se concretizam e caem no gosto popular, outras são apenas temporárias, surgem e desaparecem com a mesma velocidade e facilidade. Mas ainda assim ela sempre esteve presente, em qualquer ambiente, em qualquer ocasião, de festas a manifestações religiosas até funerais.
A escolha do meu tema de TFG está ligada a todo esse mundo musical, que fascina e encanta a qualquer um, procurando explorar toda essa versatilidade dentro da arquitetura. Um projeto cultural, focando estreitar os laços entre o homem e o universo da música.

Toda cidade possui um ‘‘espaço musical’’, por mínimo e precário que seja. Mas poucas são as privilegiadas com uma ‘‘obra instrumental’’ como a Casa da Música de Rem Koolhas, ou a Sala São Paulo, a maior e mais moderna sala de concertos da América Latina.

Há uma grande tendência, em criar espaços que acomodem a música, bares e restaurantes que permitam música ao vivo, mas ela é posta quase que sempre em segundo plano. É sempre implantada num espaço que nasce de restos, sem a acústica necessária.

Em Uberaba, a praça que ficou popularmente conhecida como ‘‘Praça da Concha Acústica’’, recebeu em 1970, um palco, em forma de concha, feito justamente para abrigar apresentações musicais, procurando oferecer uma acústica melhor. Mas os cálculos acústicos, considerados inadequados, impossibilitam boas apresentações musicais. O TEU, – Teatro Experimental de Uberaba - instalado em um prédio de arquitetura do século XX, há três anos foi adaptado para apresentações culturais, mas o pequeno espaço oferece capacidade para apenas 140 pessoas. O Centro de Cultura José Maria Barra é o mais recente e ideal espaço feito para grandes espetáculos na cidade. Está equipado com o que existe de mais moderno, tanto em iluminação, quanto em sonorização. Além de ter capacidade para quase 600 pessoas, possui acesso á cadeirantes, camarins coletivos e individuais, foyer, boca de cena, espaço para exposições, sala multimeios, e um bar - café.

A idéia é criar um edifício charmoso, sofisticado e misterioso. Suficientemente atraente para tornar-se referência para um bate papo no fim da tarde, acompanhado de um café, ou talvez somente um local de lazer.
O espaço será voltado tanto para estudantes da música em geral, como também para admiradores, ostentando em seu interior um estúdio de gravação, um espaço para luteria/luthieria (onde os luthiers desenvolvem a fabricação de instrumentos musicais), um requintado café bar, uma área comercial para a venda de livros, discos, partituras e instrumentos musicais, e um generoso espaço para apresentações.
A exploração de todos estes ‘quesitos’ dentro de um só ambiente significará novas possibilidades de contatos com todos os tipos de música e culturas, por um público vasto e diferenciado.


''arquitetura é...

... música petrificada” ... ao jogar tal citação no ''São Google'', uma espécie de guru do século XXI, a revelação da autoria não conduz a um arquiteto ou músico, mas a uma das mais importantes figuras da literatura alemã, Johann Wolfgang von Goethe.

Deixando de lado a autoria, oque realmente interessa aqui é o verdadeiro significado de tal citação, e temos que convir, que a frase se encaixa perfeitamente na busca por uma arquitetura de emoções, sensações...
Uma arquitetura que não choca, que não 'causa'... não soa como música, não marca, não permanece na memória...

Não é a toa que ao ouvir certa música, nos lembremos de fatos há muito tempo vividos, ás vezes até cheiros sentidos naquele instante voltam a nosso olfato por alguns segundos... ou seja, a arquitetura precisa ser sensível á brutalidade emocional dos seres humanos... precisa ser capaz de fazê-los sentir a arquitetura exatamente como música, trazer á tona os sentimentos, as emoções...
... ''salve salve os verdadeiros arquitetos da música brasileira'' ... rs


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